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Como Recuperar a Microbiota Intestinal Depois de Antibióticos

Os antibióticos são essenciais para combater infecções bacterianas, mas, infelizmente, eles também afetam as bactérias boas do nosso intestino. Isso pode levar a um desequilíbrio, também chamado de disbiose intestinal, gases, diarreia, prisão de ventre e até um maior risco de infecções.


A boa notícia? Com as estratégias certas, é possível recuperar a microbiota intestinal de forma eficaz. Neste post, você vai descobrir:

  1. Como os antibióticos afetam o intestino

  2. Quanto tempo leva para a microbiota se recuperar

  3. Os melhores suplementos para restaurar o equilíbrio

  4. Alimentos que ajudam (e os que atrapalham)


Por Que os Antibióticos Danificam a Microbiota Intestinal?

A microbiota intestinal é composta por trilhões de bactérias, fungos e vírus que vivem em harmonia no nosso intestino. Ela ajuda na digestão, na imunidade e até na produção de neurotransmissores (como a serotonina).


O problema é que os antibióticos não diferenciam bactérias "ruins" (que causam infecções) das "boas" (que protegem o intestino). Assim, eles podem:

  • Reduzir a diversidade bacteriana – Estudos mostram que um ciclo de antibióticos pode diminuir em até 30% a variedade de microrganismos benéficos [1].

  • Aumentar o risco de disbiose – Isso pode levar a sintomas como inchaço, diarreia e candidíase [2].

  • Enfraquecer a barreira intestinal – Facilitando a entrada de toxinas e patógenos na corrente sanguínea.


Quanto Tempo Leva Para a Microbiota se Recuperar?

A recuperação varia de pessoa para pessoa, mas em geral:

  • 2 a 4 semanas – Algumas bactérias começam a se repopular.

  • 1 a 6 meses – A diversidade microbiana pode levar meses para voltar ao normal, especialmente após antibióticos fortes [3].

Mas há como acelerar esse processo!


4 Passos para Recuperar a Microbiota Intestinal

1. Use Probióticos de Cepas Específicas

Probióticos são bactérias benéficas que ajudam a repovoar o intestino. As melhores cepas para pós-antibióticos são:

Lactobacillus rhamnosus GG – Reduz diarreia associada a antibióticos em 50% [4].

Saccharomyces boulardii (probiótico de levedura) – Protege contra infecções por C. difficile [5].

Bifidobacterium lactis – Ajuda a restaurar a diversidade bacteriana.

Como consumir?

  • Consulte uma médica ou nutricionista para te orientar corretamente. Não use qualquer suplemento sem supervisão profissional.


2. Consuma Prebióticos (Alimento para as Bactérias Boas)

Prebióticos são fibras não digeríveis que alimentam os probióticos. Ótimas fontes veganas:

🍌 Banana verde (amido resistente)

🧄 Alho e cebola (ricos em inulina)

🌿 Chicória e alho-poró

*Se você tem sensibilidade a FODMAPs, cuidado! As fibras prebióticas normalmente são altamente fermentativas.


3. Inclua Alimentos Ricos em Fibras e Antioxidantes

Além das fibras prebióticas, os antioxidantes desempenham um papel surpreendente na saúde intestinal. Eles não só combatem radicais livres, mas também modulam a microbiota, favorecendo bactérias benéficas e reduzindo inflamação.

  • Polifenóis (como os do cacau e frutas vermelhas) não são digeridos no intestino delgado e chegam ao cólon intactos, onde servem de "alimento" para bactérias probióticas (ex.: Bifidobacterium e Lactobacillus) [6].

  • Antioxidantes reduzem o estresse oxidativo no intestino, criando um ambiente favorável para microrganismos benéficos [7].



4. Evite esses alimentos e bebidas

  • Açúcar refinado

  • Alimentos ultraprocessados

  • Bebidas alcoólicas

  • Alimentos com excesso de gordura saturada


Conclusão: Recuperação em Etapas

Primeiras 2 semanas: Procure ajuda profissional para fazer uso de probióticos + prebióticos.

1 a 3 meses: Mantenha uma dieta rica em fibras e alimentos com antioxidantes.

Longo prazo: Evite excesso de antibióticos e adote hábitos que protejam sua microbiota.


✍🏼Milena Hernandes - Nutricionista

📌CRN-3 63747



Referências Bibliográficas:

[1] Palleja et al., 2018. Nature Microbiology.

[2] McFarland, 2008. American Journal of Gastroenterology.

[3] Zaura et al., 2015. mBio.

[4] Szajewska et al., 2016. Alimentary Pharmacology & Therapeutics.

[5] McFarland et al., 2018. Journal of Global Antimicrobial Resistance.

[6] Cardona et al., 2013. Journal of Nutritional Biochemistry.

[7] Vitale et al., 2019. Nutrients.


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